Whey vs carne no pós-treino. Qual a melhor opção?
- Sérgio Veloso
- 8 de out. de 2020
- 1 min de leitura
A proteína de soro de leite é tida como a fonte ideal pós-treino para ganhos de massa muscular, e o suplemento alimentar mais vendido do mercado. Estima-se que em Portugal 80% dos frequentadores de ginásios tomem alguma forma de suplementação proteica. Mas a verdade é que poucos estudos compararam a whey a outras fontes proteicas no que realmente importa - os ganhos de massa magra a médio prazo, e não apenas o aumento da síntese proteica aguda num período de tempo limitado. Um indicador sem correlação com o incremento efectivo de tecido contrátil.
Sharp et al. (2018) comparou esses ganhos ao final de 8 semanas com a ingestão pós-treino de 46 g de proteína proveniente de whey, novilho, ou frango, mostrando que não existem diferenças significativas entre as fontes proteicas, embora a carne vermelha tenha apresentado resultados tendencialmente superiores mas estatisticamente irrelevantes. Uma diferença de 0,6% apenas comparativamente à whey. Também não foram encontradas diferenças significativas na perda de massa gorda ou em indicadores de performance. De salientar que o consumo proteico total dos grupos era idêntico, 2,1 g/Kg, assim como o valor energético total da dieta. O consumo de carne pós-treino, novilho ou frango, levou também a um menor desconforto gastrointestinal percepcionado comparativamente à whey. Estes dados sugerem que no contexto de uma dieta hiperproteica, a fonte no pós-treino tem pouca relevância para os resultados e é acima de tudo uma questão de conveniência e preferência pessoal.

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